(Lulla prega:“Eu fico imaginando que, se a gente aceitar a diminuição da idade para puni-los, para 16 anos, amanhã estarão pedindo para 15, depois para 9, depois para 10, quem sabe algum dia queiram punir até um feto se já soubermos o que vai acontecer no futuro”, disse o presidente).
O Feto pode ser condenado, advertido, internado, se já é um preso sem culpa?
O feto é um indivíduo sem a menor compostura, passa o tempo de vida na mãe completamente pelado afrontando os bons costumes, e quando visto pelo ultra-som ou cintilografia não está nem aí. Por estes métodos costuma ser visto chupando dedo, geralmente das mãos e tem alguns salientes que vão até o dedão do pé e uns mais salientes ainda que chegam a roer o calcanhar. Por isso inventaram a historinha do calcanhar de Aquiles, se bem que os gregos arranjaram uma outra conversa.
É um bicho assim meio nojento porque defeca e urina dentro da mãe, sem a menor cerimônia, nunca se soube de algum que batesse na porta, digo no útero, pedindo para dar uma mijadinha lá fora. Muito comodista age igual aos suínos que também agem como os humanos, pior que estes costumam útero-conviver com 10/13 irmãos, imagine-se a porcaria que não é.
É um tremendo predador, o maior dos sanguessugas, coisa que qualquer deputado perde longe. Espolia sua mãe, a dele, a vida inteira, por sorte passa longe do pai, e não dá nada em troca, só muita aporrinhação até nascer e depois continua.
Todo feto ou feta tem profissão, primeiro a de mergulhador(a), a ficar 9 meses sem vir respirar nesta atmosfera poluída. Depois que emerge nunca mais mergulha de novo, dando uma solene banana para a piscina onde passou a sua vidinha; até hoje eu não soube de nenhum que tenha voltado. A outra é de jogador(a) de futebol ao passar dia e noite chutando a mãe por dentro para mais tarde por fora, chutar suas canelas ao ser contrariado(a).
Tens alguns tão violentos, tipo Edmundo, o Animal que chegam a arrebentar a bolsa d’água e não conseguem mais ficar no ninho, despencam canal abaixo e como dizem os paulistas, vem de ponta-cabeça, iniciando o treino para saltos ornamentais. Pior mesmo são os safadinhos que resolvem sair com as pernas pra frente, aí é um deus nos acuda, haja parteiro, tem alguns tão espertos e arteiros que saem correndo do hospital, alguns arrastando a placenta. Cachorros e urubus adoram.
Terrível mesmo, muito triste, naturalmente por depressão psíquica causada por falta de amor materno, é quando sem assistência psiquiátrica, um prozaquinho da vida, eles tentam o suicídio se envolvendo pelo pescoço com o cordão umbilical, haja parteiro-médico nas proximidades. Um feto abortado é um expulso do lar, um despejado sem assistência judicial e é “di menor.” Fetos fumam, usam cocaína, bebem cervejas, alguns são cracks em outras modalidades.
Um feto entrou com uma ação judicial para garantir o atendimento médico da mãe que estava na cadeia, sem pré-natal, em S. Paulo. Outro feto, foi considerado preso político ao nascer e foi indenizado com 22 mil reais 33 anos depois, por ter sofrido tortura psicológica
na barriga da mãe, por parte da ditadura brasileira.
Dácio Jaegger, Niterói, 24 de fevereiro de 2007 .
Médico de formação, escritor, com uma obra múlplica na literatura, nas artes plásticas e na poesia visual, e blogueiro. Imagem:Bansky
" Vai ter uma festa
que eu vou dançar
Até o sapato pedir pra parar
Aí eu paro,
tiro o sapato
E danço o resto da vida."
Chacal
[
Error: Irreparable invalid markup ('<nota:>') in entry. Owner must fix manually. Raw contents below.]
<div style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/_6RaZCLjYbTs/RdRg4LOJr4I/AAAAAAAAAL8/rutdwptWdQI/s1600-h/sapatos.jpg" rel="noopener"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="https://1.bp.blogspot.com/_6RaZCLjYbTs/RdRg4LOJr4I/AAAAAAAAAL8/rutdwptWdQI/s400/sapatos.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5031753201880772482" border="0" loading="lazy" /></a><a href="http://andreiaesteves.blogspot.com/" rel="noopener"><span style="font-size:78%;"><span style="font-family:verdana;">O Abominável Blog das Neves</span></span></a><br /><br /></div> <span style=";font-family:trebuchet ms;font-size:130%;"><strong><span style="font-weight: normal;font-family:verdana;"><span style="font-weight: bold;">" Vai ter uma festa</span><br /><span style="font-weight: bold;">que eu vou dançar</span><br /><span style="font-weight: bold;">Até o sapato pedir pra parar</span><br /><span style="font-weight: bold;">Aí eu paro,</span><br /><span style="font-weight: bold;">tiro o sapato</span><br /><span style="font-weight: bold;">E danço o resto da vida."</span><br /><span style="font-style: italic;"><br />Chacal<br /><br /><br /><br /></span></span></strong></span> <div style="text-align: justify;"><span style=";font-family:trebuchet ms;font-size:130%;"><strong><span style="font-weight: normal;font-family:verdana;"><span style="font-style: italic;"><nota:></nota:></span></span><span style=";font-family:verdana;font-size:130%;"><span id="lblTexto"></span></span></strong></span><span style=";font-family:verdana;font-size:130%;"> Em <a href="http://www.tanto.com.br/gilfrancisco-chacal.htm" rel="noopener">Chacal</a> (Ricardo de Carvalho Duarte), a presença de Oswald de Andrade em sua veia poética é assumida. Uma pitada da poesia de Chacal em Reclame: "Se o mundo não vai bem / a seus olhos, use lentes / ... ou transforme o mundo / ótica olho vivo / agradece a preferência". <a href="http://www.atica.com.br/" rel="noopener">Poesia marginal</a></span><span style=";font-family:trebuchet ms;font-size:130%;"><strong><span style=";font-family:verdana;font-size:85%;"><span id="lblTexto"><span style=";font-family:verdana;font-size:130%;"><a style="font-family: verdana;" href="http://www.atica.com.br/materias/?m=125" rel="noopener"></a></span></span></span></strong></span><br /><span style=";font-family:trebuchet ms;font-size:130%;"><strong></strong></span></div>