Lula prorroga mandato de presidente da Anatel por mais um ano e decide manter indicado de Erenice no mais alto cargo dos Correios
Olha o Lulinha da Silva aí... O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu ontem (dia 3) prorrogar por mais um ano o mandato de Ronaldo Sardenberg na presidência da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). O mandato dele no comando da agência se encerraria hoje (Ver favorecimento do filho) . Lula também decidiu manter no cargo o presidente dos Correios, David José de Matos. Ele foi indicado para a vaga por Erenice Guerra (ex-ministra da Casa Civil), que deixou o governo após denúncia de tráfico de influência. Aqui
Olha a volta do imposto aí... Dilma Rousseff fez duas promessas solenes: melhorar a saúde e diminuir impostos. Eleita há quatro dias, a volta da CPMF já está sendo debatida, o que é estupendo. Anteontem, a presidente eleita negou a possibilidade. Ontem, ouviu em silêncio a enfática defesa que Lula fez da volta do imposto. E, segundo deu para entender, os governadores é que serão convocados para pressionar o Congresso. Por quê? Dilma terá uma maioria no Parlamento como nunca antes na história destepaiz. Aqui
José Dirceu diz que estará à disposição de Dilma após julgamento
Olha o 'braço armado' aí... O prefeito de Borebi (SP), Antonio Carlos Vaca (PSDB), 64, continua internado no Hospital Unimed de Bauru depois de ser agredido por dois integrantes do MST (Movimento financiado e defendido pelo governo Dilma) na noite de domingo. Nesta terça-feira, ele deixou a UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) depois de passar por uma cirurgia na cabeça. Segundo a família, Vaca sofreu um traumatismo craniano, mas já está consciente. Aqui
O professor Marco Antonio Villa, do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de São Carlos, nem parece um acadêmico brasileiro, tal a pertinência com que consegue pensar o país. Leiam artigo que escreve na Folha de hoje.
44% estão na oposição
A OPOSIÇÃO acreditou que criticar o governo levaria ao isolamento político. O resultado das urnas sinalizou o contrário: 44% do eleitorado disse não a Dilma. Ela era candidata desde 2008. Ninguém falou em prévias, nenhum líder fez muxoxo. Lula uniu não só o partido, como toda a base. Articulou, ainda em 2009, as alianças regionais e centrou fogo para garantir um Congresso com ampla maioria, para que Dilma pudesse governar tranquilamente. Afinal, nem de longe ela tem sua capacidade de articulação política.
E a oposição? Demorou para definir seu candidato. Quando finalmente chegou ao nome de Serra, o partido estava dividido, vítima da fogueira das vaidades. Ao buscar as alianças regionais, encontrou o terreno já ocupado. Não tinha aliados de peso no Norte e Centro-Oeste, e principalmente no Nordeste. Neste cenário, ter chegado ao segundo turno foi uma vitória. No último mês deu mostras de combatividade, de disposição de enfrentar um governo que usou e abusou como nunca da máquina estatal. Como, agora, fazer oposição? Não cabe aos governadores serem os principais atores desta luta — a União pode retaliar e isso, no Brasil, é considerado “normal”.
É principalmente no Congresso Nacional que a oposição deve travar o debate. Lá estará, inicialmente, enfraquecida. Perdeu na última eleição, especialmente na Câmara, quadros importantes. Mesmo assim, pode organizar um “gabinete fantasma” e municiar seus parlamentares e militantes com informações e argumentos. Usar as Câmaras Municipais e as Assembleias estaduais como espaços para atacar o governo federal. E abastecer a imprensa — como sempre o PT fez — com denúncias e críticas.
Espaço para a oposição existe. O primeiro passo é assumir o seu papel. Deve elaborar um projeto alternativo para o Brasil. Sair da esfera dos ataques pessoais e politizar o debate, acabar com o personalismo e o regionalismo tacanho, formar quadros e mobilizar suas bases. É uma tarefa imediata, não para ser realizada às vésperas da eleição presidencial de 2014.
O lulismo tem pilares de barro. É frágil. Não tem ideologia. Não passa de uma aliança conservadora das velhas oligarquias, de ocupantes de milhares de cargos de confiança, da máfia sindical e do grande capital parasitário. Como disse Monteiro Lobato, preso pelo Estado Novo e agora perseguido pelo lulismo: “Os nossos estadistas nos últimos tempos positivamente pensam com outros órgãos que não o cérebro -com o calcanhar, com o cotovelo, com certo penduricalhos, raramente com os miolos”. Por Reinaldo Azevedo
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