Dilma foi denunciada por chefiar greves e assessorar assaltos a banco
Dilma Rousseff foi um desses jovens marxistas que, influenciados pelo sucesso da revolução em Cuba liderada por Fidel Castro nos anos 50, se engajaram em organizações de luta armada com a convicção de que derrubariam a ditadura e instaurariam um regime socialista no Brasil. Dilma está entre os sobreviventes da guerra travada entre o regime militar e essas organizações. Filha de um búlgaro e uma brasileira, estudante do tradicional colégio Sion, de Belo Horizonte, a vida de classe média alta de Dilma mudou a partir do casamento com o jornalista Cláudio Galeno Magalhães Linhares, em 1967. “(Dilma) Ingressou nas atividades subversivas em 1967, levada por Galeno Magalhães Linhares, então seu noivo”, afirma um relatório de 1970 da 1a Auditoria Militar. As primeiras menções a Dilma em documentos oficiais a citam como integrante de uma dissidência da Polop. Esse grupo adotou o nome de Organização. Com novas adesões de militantes que abandonaram o Movimento Nacionalista Revolucionário (MNR), a Organização se transformou em Colina (Comando de Libertação Nacional). Em seu documento básico, o Colina aderiu às ideias de Régis Debray, autor francês que, inspirado na experiência cubana de Fidel Castro, defendia a propagação de revoluções socialistas a partir de focos guerrilheiros. A doutrina de Debray ficou conhecida como “foquismo”.
Hoje candidata do PT à Presidência da República, Dilma fala pouco sobre esse período. ÉPOCA pediu, em várias ocasiões nos últimos meses, uma entrevista a Dilma para esclarecer as dúvidas que ainda existem sobre o assunto (leia algumas delas no quadro da última página). Todos os pedidos foram negados. Na última sexta-feira, a assessoria de imprensa da campanha de Dilma enviou uma nota à revista em que diz que “a candidata do PT nunca participou de ação armada”. “Dilma não participou, não foi interrogada sobre o assunto e sequer denunciada por participação em qualquer ação armada, não sendo nem julgada e nem condenada por isso... Revista Época " O passado de Dilma"
STF considera “censura prévia” falta de acesso a dados de Dilma
Na Folha Online: Ao negar acesso da Folha ao processo relativo à atuação de Dilma Rousseff na ditadura (1964-1985), a ministra do Supremo Tribunal Federal Cármen Lúcia disse que é possível ver “censura prévia” na conduta do STM (Superior Tribunal Militar). O tribunal trancou os autos do processo da candidata a presidente do PT em um cofre, há sete meses, e suspendeu, por duas vezes seguidas, o julgamento de mandado de segurança protocolado pelo jornal, que tenta acesso à papelada.
“É certo que toda Justiça que tarda falha”, escreve a ministra. Para ela, a atuação do tribunal militar e da AGU (Advocacia Geral da União) no caso “permite entrever uma espécie perigosa, grave e inconstitucional de censura prévia judicial”. Cármen Lúcia negou acesso da Folha “por motivos processuais”, pois não poderia tomar uma decisão antes do término do julgamento do mandado de segurança do jornal no STM, para não “suprimir” instância jurídica.
A Folha justifica a urgência em acessar o processo pela “atualidade do interesse público”, já que Dilma Rousseff pode se tornar a próxima presidente no domingo. O jornal solicitava acesso antes da eleição para os leitores conhecerem o passado da petista.
No dia 19, quando o STM retomou o julgamento, a AGU pediu acesso à ação, causando novo adiamento. Cármen Lúcia considerou o pedido de acesso do órgão, do governo federal, “pouco ortodoxo”.
“Causa preocupação [o] não acesso a dados, disponíveis até há alguns meses, e que dizem respeito a figuras públicas”, diz a ministra. “Insisto no que parece ser grave quanto ao cerceio a seu direito-dever pelo comportamento dos agentes públicos”.
Em sua decisão, de 14 páginas, Cármen afirma ainda que não ficou “claro” como a AGU “consegue interromper julgamento já iniciado, com votos tomados, numa ação em tramitação com tempo de utilidade jurídica e social determinadas”.
“A situação judicial parece mover-se por idiossincrasias processuais, condições incomuns e, por isso mesmo, sem legitimidade comprovada”, concluiu ela. Taís Gasparian, advogada do jornal, disse que a decisão do Supremo aponta o “absurdo” do caso. “Durante 40 anos o processo ficou acessível ao público.
Desde março está trancado em uma sala, justamente quando o maior interesse atrairia. Cidadãos estão impedidos, por uma autoridade, de ter mais informações sobre a candidata. A situação é preocupante.” O julgamento da ação da Folha no STM deveria ser retomado na quinta-feira, o que não aconteceu. Não há previsão de quando o processo voltará à pauta do tribunal
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Em agosto, a Folha revelou que o processo de Dilma estava trancado em um cofre por decisão do presidente do o STM, Carlos Alberto Soares.Dilma passou quase três anos presa, a partir de 1970, por envolvimento com um grupo esquerdista de resistência armada à ditadura. Foi levado ao cofre, em março, por decisão de Soares. Ele alega querer evitar uso político do material.Por Reinaldo Azevedo
Documentos falsos
A medida é resultado de denúncia apresentada na semana passada pelo Ministério Público Estadual. A denúncia, feita pelo promotor José Carlos Blat, acusa o tesoureiro de envolvimento em desvios da Bancoop em favor de ex-dirigentes da cooperativa e para campanhas do partido. Blat disse que Vaccari e os outros ex-dirigentes acusados formaram uma "organização criminosa".aqui
A mulher do secretário nacional de Justiça, Pedro Abramovay, ganhou, no mês passado, um cargo na subchefia de Assuntos Jurídicos da Casa Civil. O chefe dela é Beto Vasconcelos, advogado como Abramovay e um de seus melhores amigos. A nomeação dela fere a súmula do STF (Supremo Tribunal Federal) que proibiu o nepotismo nos três Poderes. Ela proíbe "a nomeação de cônjuge, companheiro ou parente (...) em cargo de direção, chefia ou assessoramento (...) na administração pública direta ou indireta em qualquer dos Poderes da União". Carolina Haber atua em cargo comissionado. aqui
Erenice Guerra usou uma carta enviada à então titular da Casa Civil, Dilma Rousseff, para pressionar a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) em 2007 em favor da Unicel Telecomunicações. O marido de Erenice, José Roberto Campos, era consultor da empresa. Em janeiro de 2007, o presidente da Unicel, José Roberto Melo e Silva --padrinho de casamento de Erenice e Campos-- mandou uma carta para Dilma com graves acusações à Anatel. Erenice, que era secretária-executiva da Casa Civil, mandou cópia da carta ao então presidente da Anatel, Plínio Aguiar Júnior, e cobrou explicação urgente. O empresário acusava a comissão de licitação e a procuradoria da Anatel de mentirem à Justiça Federal, de vazarem informações para empresas de fora da licitação e de coagirem o advogado da Unicel, Gabriel Laender --que depois foi nomeado assessor na Casa Civil. O advogado Mário de Oliveira Filho, que defende Erenice Guerra, diz que ela nunca fez pressão sobre a Anatel para beneficiar nenhuma empresa. "É uma retumbante mentira que a Erenice tenha pressionado conselheiros da Anatel. No inquérito policial, nenhum conselheiro diz que sofreu pressão da ministra". A assessoria de Dilma diz que ela não sabia que o presidente da Unicel era padrinho de casamento de Erenice nem que o marido dela prestava consultoria para a empresa. aqui
Por Risoletta Miranda
Enquanto candidatos calculam percentuais de votos para lá e para cá, há uma caravana que vai passando, infelizmente, sem ser notada: são os adolescentes conectados, nativos digitais “puro sangue”, que interagem como nenhuma outra faixa etária na web, especialmente nas redes sociais.
São os jovens eleitores entre 16 e 17 anos que não são obrigados a votar. Mas podem. E, pelo jeito como se conduziu a campanha na internet, talvez já possam ser rotulados como “votos perdidos”. É um lamento. Eles são o próprio “homo digitalis”.
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, este ano são cerca de 2,4 milhões. Se fossem alvo da comunicação de algum candidato poderiam ter sido grandes multiplicadores de mensagens no ambiente digital. Na última pesquisa PNAD, eles foram 63% do volume total de acessos à web (faixa 10 a 15 anos) e 68% (faixa de 16 a 24 anos).
A história dos nativos digitais tem dois lados: a importância da formação desse novo cidadão e ... o fato de que eles podem votar e são grandes multiplicadores! Sua característica principal nas redes é o compartilhamento de tudo o que gostam.
Engajados, seriam naturalmente grandes ampliadores de idéias e causas. Desde que elas os conquistassem, claro.
Cenário rápido: adoram ter muitas opções e odeiam ser forçados a ter uma escolha limitada. Não querem ser tratados como massa e valorizam o que se faz e se fala na sua linguagem (derivados de tecnologia e internet). Fidelidade? Só depois que experimentaram algo muitas vezes ou foi usado ou comentado por algum jovem ídolo da TV ou recente sucesso “bombado” na internet. E não gostam de ser coadjuvantes. Sua índole é do protagonista. Adotam rápido qualquer coisa que passe pelo humor, pelo lúdico e, não raro, pelo bizarro.
Por viverem conectados são grandes consumidores de informação (o Brasil é líder em tempo de conexão com 26 horas/mês, segundo a comScore) e não adianta tentar usar técnicas de aproximação convencionais. Ou você é um deles ou não é ninguém.
Como as campanhas e os candidatos poderiam ter feito uma aproximação razoável com esses votos soltos no ciberespaço? Arrisco uma linha: o candidato poderia ter em sua campanha um portal “teen”. Nada de visual de campanha. Mesmo seu nome apareceria sem protagonismo (uma espécie de “powered by Fulano”, em fonte mínima e lá no finalzinho).
O foco principal seria assumir o compromisso de estar fazendo um investimento não no voto para si mesmo e sim no estímulo do voto do adolescente como um fato educativo na sua vida. Seria algo como abraçar a causa do desenvolvimento do cidadão em plena campanha, sem o “malho” do voto próprio.
Será que estou sendo otimista demais? Talvez. Mas o fato é que temas como Segurança, Saúde, Educação e Meio Ambiente ficariam muito interessantes dentro de games, quizzes, vídeos virais divertidos e formatos para mobile, ringtones e “mashups” (misturas de conteúdo que lhes dá co-autoria). Aposto que “bombava”.
Até para quem não tem 16 ou 17 anos.
Não aconteceu. E por isso “vagam” pela web muitos votos perdidos.
Risoletta Miranda é jornalista, tem MBA em Marketing e é diretora executiva da FSB PR Digital (área digital da FSB Comunicações). Fonte: Publicado aqui
Imagem: (in Revista Pública)
RENATA LO PRETE
EDITORA DO PAINEL
O SBT-Nordeste procurou a campanha de José Serra para cancelar a entrevista que faria com o candidato tucano à Presidência da República nesta quarta-feira, às 12h20, em substituição ao debate inviabilizado pela recusa de Dilma Rousseff (PT) em participar. O evento, sobre temas específicos da região, seria transmitido por dez emissoras afiliadas ao SBT, com geração pela TV Aratu de Salvador. Quando da negociação das regras do debate com as duas campanhas, ficou estabelecido por escrito que, em caso de desistência de um dos participantes, o outro seria entrevistado por 30 minutos, e a ausência do oponente seria mencionada pelo mediador no início de cada bloco. O SBT-Nordeste, porém, alegou a assessores de Serra ter recebido pressão da cúpula nacional da emissora para não realizar a entrevista.
Foto Julia Chequer/R7
“Dilma veta seguranças da Record perto do camarim".
Assessores de Dilma Rousseff vetaram seguranças da Record nas proximidades do camarim da candidata. Apenas homens a serviço da candidatura, cedidos pela Polícia Federal, podem se aproximar do local. O candidato José Serra não fez exigências desse tipo. Antes do debate, seguranças de Dilma fizeram varredura no camarim em busca, principalmente de equipamentos de espionagem... Em sua comitiva, estava o cabeleireiro Celso Kamura, com uma enorme bolsa Louois Vuitton. (no site R7)
Reveja o debate se quiser. Dilma chamou, com todas as letras, de “carne de pescoço” nada menos de 57 anos de história da Petrobras. O Brasil quase atingiu a auto-suficiência de Petróleo — Lula cantou as glórias do feito, embora ele ainda não seja real — sem o óleo do pré-sal. Para a candidata do PT, tudo bobagem! Aqui
A mentira dos assentamentos e das invasões do MST
Dilma contou uma mentira ao afirmar que o governo Lula assentou mais famílias do que o governo FHC e que as invasões de terra caíram. Ao contrário:... O governo FHC assentou, ao longo de oito anos, 600 mil famílias, marca que Lula não vai conseguir atingir. Assenta menos, mas provoca mais conflitos e mata mais. Estes números, por exemplo, são da Comissão Pastoral da Terra, que é o MST de batina: na atual década, 2003 foi o ano mais violento, com 73 assassinatos em conflitos no campo. Nos outros, o número de homicídios ficou entre 20 e 40. Com relação ao número de conflitos, o período entre 2003 e 2007 foi o mais violento, com em média 1.727 registros, contra 1.170 conflitos em 2008 e 1.184 em 2009. Embora tenha sofrido uma redução, a quantidade de conflitos permanece bem maior do que no início da década (2000, 2001 e 2002), quando ocorreram, em média, 822 por ano. Resumo: Lula assenta menos, o MST invade mais, os conflitos aumentam, e as mortes também. Aqui
Chega a ser divertido. João Santana, marqueteiro do PT, especialista em pautar jornalistas — e muitos se deixam pautar —, está espalhando que Serra foi muito agressivo no debate, “arrogante”. Aliás, Dilma chegou a dizer isso, seguindo a orientação do publicitário, claro! Durante o debate, ela afirmou que o adversário estava “dizendo mentiras”, que “estava enrolando” etc. Mas “agressivo” foi o outro. A verdade inquestionável é que Serra foi indubitavelmente melhor. E restou ao PT acusar o vencedor de arrogância. O engraçado é que, em parte, Santana está sendo bem-sucedido. Já há um monte de textos por aí afirmando: “Serra parte para o ataque”. Ora, os dois atacaram. A questão é de outra natureza: qual deles assentou suas teses em mentiras? Aqui
Ranking de Percepção da Corrupção 2010 - Destaques
1) Dinamarca, Nova Zelândia e Cingapura - nota 9,3
4) Finlândia e Suécia - nota 9,2
17) Barbados - nota 7,8
21) Chile - nota 7,2
22) Estados Unidos - nota 7,1
24) Uruguai - nota 6,9
69) Brasil - nota 3,7
105) Argentina - nota 2,9
146) Haiti - nota 2,2
164) Venezuela - nota 2,0
175) Iraque - nota 1,5
176) Afeganistão e Mianmar - nota 1,4
178) Somália - nota 1,1
Amigos de Lula que participaram da agressão ao Serra. Esse da direita, conhecido como "Mata-Mosquito" é candidato derrotado do PT para deputado estadual pelo Rio.
Fonte: Blog do Lúcio Neto
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não poupou o candidato do PSDB, José Serra, na noite desta sexta-feira (22) em um comício na cidade mineira de Uberlândia.
Ao se referir ao episódio da última quarta-feira (20), quando Serra foi atingido na cabeça por objetos em caminhada no calçadão de Campo Grande, no Rio de Janeiro, Lula afirmou que a turma de Dilma é pacífica. "É uma vergonha a farsa que tentaram jogar na cabeça do povo. Tem muita gente que morre e não consegue fazer uma ultrassonografia... meia hora depois, ele (Serra) descobriu que bateu a bolinha, aí ele recebeu um telefonema, deu dor de cabeça nele e disse que foi agressão da turma da Dilma. A turma da Dilma é a turma da paz, que trabalha, paga imposto de renda e sustenta esse País", disse Lula. Fazendo uma comparação entre os seus oito anos de mandato e os oito anos da gestão anterior de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Lula disse que não se pode jogar fora o que foi conquistado, por "um bando de mentiras que tentaram inventar", e pediu para "disputar uma eleição que tenha a grandeza que eu tive em 1989, em 1994 e em 1998 quando perdi, sem fazer maracutaia, para acusar qualquer adversário". Estadão
Mais fotos dos agressores de Serra
Aqui:"Militantes do PT agridem José Serra; testemunha diz que militantes foram pagos"
O PT é o partido da mentira, o PT é o partido da morte", afirmou ontem d. Luiz Gonzaga Bergonzini, bispo diocesano de Guarulhos, na Grande São Paulo. "O PT descrimina o aborto, aceita o aborto até o nono mês de gravidez. Isso é assassinato de ser humano que não tem nem o direito de se defender."
D. Luiz é a voz dentro da Igreja católica que desconforta Dilma Rousseff, candidata do PT à Presidência, e a coloca no centro da polêmica sobre o aborto. É dele a iniciativa de fazer 2 milhões de cópias do folheto "apelo a todos os brasileiros e brasileiras". Mais que um libelo contra a interrupção da gravidez, o documento é uma recomendação expressa aos brasileiros para que "nas próximas eleições deem seu voto somente a candidatos ou candidatas e partidos contrários ao aborto". Não cita nominalmente a petista, mas é a ela que se refere claramente. "Eu tenho uma palavra só, eu não tenho duas ou três palavras como a dona Dilma tem. Ela apresentou três planos de governo, o segundo mascara o primeiro e o terceiro mascara o segundo", disse d. Luiz, na casa episcopal, onde recebeu a imprensa para falar pela primeira vez sobre a ação da Polícia Federal que, há uma semana, confiscou 1 milhão de folhetos por ordem do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A corte acolheu liminarmente ação cautelar do PT que alegou ser alvo de documento apócrifo e falso. "Foi uma violência contra a Igreja", reprova o bispo. Mas ele não recua. Por meio dos advogados da Mitra de Guarulhos, João Carlos Biagini e Roberto Victalino de Brito Filho, o bispo requer ao TSE que revogue a decisão provisória e determine a imediata devolução da papelada que mandou fazer na Gráfica Plana, no Cambuci, em São Paulo. Nos templos. Se recuperar os panfletos, que considera pertencer à Igreja, d. Luiz planeja distribuir um a um nas portas e nos arredores dos templos nos limites de sua Diocese e mesmo além. "Eu sou pela verdade. Pela verdade eu morro se preciso for, pela Igreja eu morro, pela minha consciência eu morro. Não tenho medo. Estou enfrentando situação difícil, mas vou continuar." A seu rebanho ele prega: "Não vote na Dilma." Indigna-o a acusação do PT, de que seu apelo é uma falsificação. O documento, observa, é oficial da Igreja, assinado por três bispos e aprovado pelas Comissões Diocesanas de Defesa da Vida. "O PT é o partido da mentira. Dilma sempre declarou que era um absurdo não liberar o aborto. Agora ela é até muito católica. É lógico, depois das pesquisas ela mudou de opinião. Me acusam de mentir sobre esses fatos verdadeiros. O PT é o partido da morte. Diante de tanta manipulação espero que o povo enxergue a verdade e vote certo." Ressalta que não está fazendo campanha ou pedindo votos para José Serra (PSDB), antagonista de Dilma. Conhece o tucano que, como ministro da Saúde, passou pela cidade. "Mas nunca tomei uma taça de vinho com ele, nem mesmo copo d"água." Sua missão, diz, é promover o evangelho e a doutrina cristã. Apresenta-se como sacerdote do Altíssimo. "Na defesa da vida vou até a morte. Nunca pedi que votem ou não votem em Serra. Eu digo que não votem na Dilma. Há outras opções, o voto nulo, o branco. Sou político, tenho direito de ser, mas não partidário." Sua diocese abriga 1,3 milhão de habitantes, espalhados em 341 quilômetros quadrados. É a segunda maior do Estado, com 36 igrejas e 50 capelas. Ele considera "contrassenso" o fato de o presidente Lula ter oferecido abrigo à mulher iraniana condenada à morte por apedrejamento. "O governo oferece até asilo político para uma senhora condenada em seu País. Aqui aceita que se mate crianças nossas, que não cometeram crime algum, e em grande quantidade." Pressões não o inibem. Carta anônima chegou a seu retiro, a 23 de setembro, postada na agência Central dos Correios, um manuscrito que atribui a petistas violências e morte. "Não tenho medo." São muitas, "pelo menos 300", as manifestações de solidariedade que tem recebido - elas chegam por e-mails, telefonemas, cartas e telegramas, até de d. Evaristo Arns. "De político não chegou nenhuma mensagem." E os R$ 30 mil investidos na impressão, de onde saíram? "Doações espontâneas que chegaram a mim, doações de pessoas não ligadas a partidos. Gente que me deu ajuda com essa finalidade, de fazer folhetos. Teve sobra, vou doar à Diocese." Não o incomoda o fato de a gráfica do Cambuci pertencer a empresário casado com uma filiada do PSDB, irmã de Sérgio Kobayashi, que integra a campanha de Serra. "Essa mesma gráfica imprimiu jornais e panfletos para candidatos do PT." D. Luiz diz respeitar "a opinião e a posição" de qualquer cidadão. "Não sou desses que manda sequestrar impressos, que amordaça a imprensa, como infelizmente acontece em nosso País hoje. Estou com a consciência tranquila de ter feito a minha obrigação. A minha posição é esta: não pode votar na Dilma. Se ela vencer vou lamentar. Vou respeitá-la como presidente, mas vou continuar minha luta. Eu tenho uma palavra só, contra o aborto. É uma norma pétrea. Não vou ceder."
Fausto Macedo - O Estado de S.Paulo
agência nacional de aviação civil
assembléia legislativa de perrnambuco