Não deixe de ler o editorial do Estadão de hoje intitulado “A Noruega tropical de Lula”. Convidado pelo Financial Times (FT) de Londres a fazer uma avaliação do seu governo e a antecipar o que pretende fazer depois de deixar o Planalto, no primeiro dia de 2011, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva respondeu com um artigo de 700 palavras, publicado ontem em um suplemento especial sobre o Brasil.
Trata-se de uma versão comparativamente austera, como convém aos textos do mais influente diário econômico do mundo, da exuberante teoria do “nunca antes na história deste País”, complementada pela promessa de “continuar a contribuir para a melhora da qualidade de vida das pessoas” - desta vez no mundo inteiro.
Mas a megalomania se livra dos arreios quando, para justificar o seu intento de fazer pelos latino-americanos, caribenhos e africanos o que se vangloria de ter feito pelos brasileiros, Lula não deixa por menos: “Não podemos ser uma ilha de prosperidade cercada por um mar de pobreza e injustiça social.”
Sejam quais forem as evidências que ele queira enfileirar sobre os progressos dos últimos anos da economia brasileira e das condições de vida da população - e seria pueril, ou desonesto, negá-los -, Lula fala do Brasil, 75.º colocado no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), como se fosse uma Noruega.
O país nórdico lidera o ranking criado pelas Nações Unidas e gasta proporcionalmente mais do que qualquer outro país em ajuda externa. Na realidade, já descontados os Estados Unidos e o Canadá, 16 países do Hemisfério têm um IDH melhor que o brasileiro.
Como era de esperar, Lula credita exclusivamente ao seu governo o fato de o Brasil sangrar em saúde. O que veio antes foi como se não tivesse existido, ou, quando existiu, foi contraproducente. “Devolvemos o crescimento a uma economia de há muito estagnada”, alardeia, “e o fizemos mantendo a inflação sob controle, reduzindo a relação entre a dívida e o PIB e reconstruindo as funções reguladoras do Estado brasileiro.”
O papel, como se diz, aceita tudo. Nem a conjuntura internacional excepcionalmente favorável a exportadores de produtos primários e insumos, como é o Brasil, nem, muito menos, a decisão de Lula de se apropriar da “herança maldita” do governo Fernando Henrique, na esfera macroeconômica, precisam ser reconhecidas - o que não há de ter escapado àquela parcela dos leitores do Financial Times que sabe que a história do País não começou quando o atual presidente chegou ao Planalto.
Além de se atribuir a paternidade pelo “novo Brasil”, título do caderno especial do FT, Lula fez pelo menos 2 gols em impedimento, na esperança de que os árbitros estivessem olhando para o outro lado. A afirmação sobre a reconstrução das funções reguladoras do Estado nacional é mais do que falsa. O que o lulismo tem feito com as agências reguladoras é privá-las de sua autonomia e manipular a sua composição para atender aos interesses do governo e seus aliados políticos e politiqueiros. A isso se chama destruir e não reconstruir.
O leitor distraído pode tomar pelo valor de face o que Lula escolheu dizer sobre a transformação material do País, mas os investidores sabem perfeitamente quanto há de embromação nas seguintes palavras: “Pusemos em marcha um processo poderoso de melhorar nossa infraestrutura (?). Como parte disso, estamos eliminando os gargalos que afetavam nossa competitividade no passado - o que costuma ser chamado “custo Brasil”.”
Lula reconhece “os enormes desafios pela frente”, a começar da pobreza ainda significativa, a insuficiência do sistema de educação, além da droga e da violência. E menciona em seguida a necessidade das reformas tributária e político-eleitoral. Estas últimas “não podem esperar mais”, sob pena de “comprometer a continuidade dos avanços de que desfrutamos nos anos recentes”.
O presidente fala como se tivesse dado o melhor de
si, ao longo desses 7 anos, para mudar as regras do jogo político. Não apenas não o fez - e ao não fazê-lo permitiu que prevalecessem no Congresso os interesses dos que querem que tudo permaneça como está -, como ainda tirou proveito da fragmentada e reduzida representatividade do sistema de partidos para formar a sua enxundiosa base parlamentar, vitaminada pelo mensalão.
Lula recebeu nesta terça-feira a sexta multa por propaganda eleitoral antecipada a favor da candidata Dilma Rousseff. Os valores somam 42 500 reais no total. O ministro Marco Aurélio aproveitou para criticar a postura do presidente Lula e defendeu também que, em caso de reincidência, a pena deveria ser fixada em valores maiores. (Luciana Marques, de Brasília)
Chuvas deixam a cidade de Cunha (SP) ilhada. Oswaldo Macedo/Foto Repórter/AE
Lula bota o 'pé na lama' em Pernambuco e cogita até transferir o 'gabinete da presidência' pra cidade de Barreiros / PE
Como se Lula - nestes 8 anos - se preocupou em algum momento da gestão com prevenção de catástrofes, ocupado fanfarrão em viagens internacionais). Veja só, pra o curral eleitoral tudo (pé na lama) já nas demais cidades brasileiras afetadas pelas chuvas, ele desapareceu, tipo "não sabia de nada"!!!...
Tá bom! Pelo visto o Brasil é 'separado pelas chuvas'... Pois Lula em situações semelhantes deu as costas , não 'botou o pé' ... Em Santa catarina, na maior tragédia brasileira (deu um leve passeio de helicóptero) Nas cidades paulistas atingidas recentemente pelas chuvas , com desalojados, mortos,....E, muito menos, na destruição pelas chuvas das cidades paraibanas. Coitados! Esperaram meses (de janeiro a maio) por colchões e até hoje os paraibanos esperam recursos para total recuperação de pontes e estradas naquele estado nordestino.
De acordo com o último balanço das chuvas no estado, são 11.407 casas destruídas, 26.797 desabrigados e 53.518 desalojados, 79 pontes e mais de 2.000 Km de estradas danificadas
Lembram daquelas chuvas que aconteceram em SP? Pois é. A responsabilidade foi imediatamente atribuida pelo governo federal e demais opositores políticos a Serra e ao prefeito da capital. Vejam vocês!!! Aqui em Pernambuco, políticos e claro a imprensa 'companheira' usam a desgraça provocada pelas chuvas para bajular petistas.. Estão pintando como 'únicos' salvadores meio aos escombros... Mesmo que a ajuda as vítimas venham de outros estados, inclusive de São Paulo, das empresas privadas, da população e equipes de voluntários... Ah! Sem esquecer, no Pernambuco do presidente Lula, do governador Dudu Arraes e do prefeito João da Costa formam uma espécie de força tarefa - não para atender desabrigados, mas pra eleger Dilma (a mulher que nem sabe que Pernambuco fica no Brasil)!!!!!
1 - a política de reforma agrária do governo Lula não alterou a estrutura fundiária do país nem assegurou aos assentamentos assistência técnica, qualificação, infra-estrutura, crédito e educação;
2 - a qualidade dos assentamentos é baixa;
3 - os programas oficiais não elevam a renda dos agricultores, que ficam dependendo do Bolsa Família;
4 - imposições da legislação trabalhista no campo acabam provocando fluxo migratório para as cidades;
5 - a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) ainda não definiu uma política de curto ou médio prazo para a formação de um estoque estratégico e regulador de produtos agrícolas.
6 - em futuro próximo, a produção de biodiesel não será economicamente viável;
7 - a reconstrução de uma indústria nacional de defesa voltada para o mercado interno, prevista na Estratégia Nacional de Defesa, não se justifica;
8 - a educação brasileira avançou muito pouco e apresenta os mesmos índices de 2003 em várias áreas:
9 - é baixa a qualidade da educação em todos os níveis; os que concluem os cursos não têm o domínio dos conteúdos, e as comparações com indicadores internacionais mostram deficiências graves no Brasil;
10 - O analfabetismo funcional, entre jovens e adultos, está em 21% na PNAD de 2008, uma redução pequena com relação à PNAD de 2003, que era de 24,8%. O número absoluto de analfabetos reduziu-se, no mesmo período, de 14,8 para 14,2 milhões, o que aponta a manutenção do problema.
Essas informações todas estavam no “Portal do Planejamento”, criado pela Secretaria de Planejamento e Investimento Estratégico (SPI), tarefa que durou um ano e meio. E QUE SUMIU EM UM DIA. Bastaram uma ordem e um clique. É isto mesmo: o ministro Paulo Bernardo (Planejamento) mandou tirar o site do ar. Eram cerca de 3 mil páginas abordando 52 temas.
Bernardo justificou assim a censura em entrevista à rádio CBN:
“Vários ministros me ligaram para dizer: ‘Olha, estão fazendo críticas às políticas desenvolvidas pelo meu ministério, mas nós não fomos chamados a discutir’. Ficamos numa posição um pouco delicada de explicar que aquilo não era posição fechada do Planejamento; são técnicos fazendo debate.”
Entendo… o ministro convocou uma reunião para segunda-feira com os responsáveis pelo Portal: “Me parece que um site para discutir políticas de governo deve ter um nível de acesso para quem é gestor, outro para quem é jornalista e outro para o público em geral”.
Deixe-me adivinhar como seria essa gradação e o produto oferecido a cada um:
- ao gestor, a verdade; - ao jornalista, uma quase verdade; - ao público, o de sempre…(a mentira)
Vamos compreender (os dois Brasis)
É evidente que nenhum governo gosta de ser criticado pelo… próprio governo. Não me atrevo a dizer que este ou aquele não agiriam assim. Aliás, acho curioso que um portal dessa importância vá ao ar sem o conhecimento do chefe da pasta. A questão aí não é matéria de gosto, não.
O que o portal revela é que existem dois Brasis: aquele real, conhecido pelos técnicos do governo, que veio a público por um breve instante, e o outro, o de propaganda, este de novas auroras permanentemente anunciadas pelo governo, ancorado numa verba bilionária de propaganda.
Como se nota, Paulo Bernardo acha que é preciso trabalhar com “níveis” de acesso, como se aqueles informações não fossem dados sobre políticas públicas, mas matéria de “segurança nacional”. Informações relevantes, pois, para orientar tais políticas passariam a ser privilégio de uma espécie de casta.
O programa gratuito do PSDB , exibido na noite desta quinta-feira (17/06) em cadeia nacional de rádio e televisão, mostrou que o Brasil pode mais e muito melhor. Os depoimentos de pessoas beneficiadas ao longo da história pelas realizações de José Serra na saúde, na educação, no emprego e na segurança são a garantia de que ele sabe e faz acontecer. “Eu acho que o Bolsa Família deve ser ampliado e fortalecido”, reafirmou Serra na primeira parte dos 10 minutos do programa. ...
SALVADOR, 11/06/2010. A partir deste sábado, José Serra passará a ser o candidato oficial da coligação PSDB-DEM-PPS na disputa pela Presidência da República. Cinco mil pessoas assistirão a homologação da chapa presidencial durante convenção nacional. Prevista para começar às 9 horas, a convenção deve se estender até às 15 horas no Clube Espanhol, em Ondina, Salvador, Bahia. Com a participação de sanfoneiro de Pernambuco e repentista do Ceará, o encontro político terá exibição de capoeira e venda de acarajé. Ao fundo do palco, onde ficarão cerca de 200 lideranças políticas sentadas durante o evento, haverá um banner e um telão, onde será exibido vídeo sobre a trajetória de Serra. Dono de um currículo invejável, Serra se lança candidato com a certeza de que “o Brasil pode mais”. Foi ministro da Saúde e do Planejamento, além de ter sido eleito prefeito e governador de São Paulo, deputado federal e senador. Para o senador Alvaro Dias (PR), líder do PSDB, o momento é de mudança e a convenção representa a largada para o sucesso de um candidato “capacitado, inteligente e talentoso”. “É o compromisso do PSDB: oferecer projeto de mudança, com agenda de futuro e credibilidade popular. A convenção é o momento alto. Nós temos o melhor candidato”, avalia. O deputado federal João Almeida (BA), líder do PSDB na Câmara, está otimista com a convenção, etapa obrigatória para o registro da candidatura. Em Salvador, Almeida aguarda gente de norte a sul do País à espera do momento “mágico”. “O clima é o melhor possível. Em todo lugar de Salvador, as pessoas falam do evento”. Aécio Neves discursará, assim como o presidente da legenda, senador Sérgio Guerra. Serra chega ao Estado na madrugada e deve entrar em cena depois do meio-dia. O PSDB lançará também o site da candidatura Serra, que transmitirá ao vivo a oficialização da chapa. O www.joseserra.com.br funcionará, entre outras coisas, como uma agência de notícias sobre as ações do candidato. Outra novidade é o site Proposta Serra, uma rede social onde os internautas poderão apresentar e discutir ideias para o programa de governo de Serra. Aqui
No modorrento feriado de Corpus Christi, os leitores dos jornais foram inundados com informações sobre uma trama que envolveria a fabricação de dossiês contra o candidato tucano à Presidência, José Serra, produzidos por gente ligada ao comitê da adversária Dilma Rousseff. O time de espiões teria sido montado pelo jornalista Luiz Lanzetta, dono da agência Lanza, responsável pela contratação de funcionários para a área de comunicação da campanha petista. (Fonte: Leandro Fortes)
QUANDO UMA CANALHICE BUSCA LAVAR A OUTRA
Quando o Brasil era uma ditadura, escolheram o caminho da luta armada e do terror; na democracia, escolhem o dos dossiês, mundo este em que são protagonistas os arapongas, os espiões e os bandidos.
A Folha noticiou na edição desta sábado que os novos aloprados, a serviço da candidatura de Dilma Rousseff, armaram também um dossiê contra Eduardo Jorge Cardas Pereira, vice-presidente do PSDB, numa evidência de que “os caras” não queriam apenas liquidar com o candidato da oposição. O objetivo era acabar com a oposição inteira.O caso de Eduardo Jorge é especialmente perverso porque, ao tempo em que era secretário-geral da Presidência (governo FHC), quase foi esmagado pela calúnia petista e de setores aloprados do Ministério Público — com o endosso, infelizmente, de boa parte da imprensa. Processou seus caluniadores ou representou contra eles nos órgãos competentes e venceu todos os embates.
Quase 10 anos depois, reportagem da Folha demonstra que os petistas estão no poder, mas seus métodos continuam os mesmos. O mais importante agora:
A PROVA DA VIOLAÇÃO DESMONTA UMA OUTRA FARSA PETISTA. DIREI POR QUÊ. O sigilo fiscal de Eduardo Jorge foi quebrado ilegalmente. O dossiê que fizeram contra ele só seria possível com o vazamento de suas declarações à Receita Federal. Ou por outra: seu sigilo fiscal foi violado sem autorização judicial. Quem o fez violou também a CONSTITUIÇÃO. É um crime gravíssimo. Já volto a este ponto. Retomo a questão que deixei ali no pé do parágrafo anterior.
Pegos com a boca da botija, fazendo um novo dossiê, os petistas tentaram arranjar uma saído:
O papelório contra Serra e sua família nada mais seria do que o conteúdo de um suposto livro do ex-jornalista Amaury Ribeiro Júnior. Não se trataria, portanto, de coisa nova, articulada pela Casa do Espanto de Brasília — aquela em que circulam os Lanzetta’s Boys, cujo aluguel é pago em dinheiro vivo. Ditas as coisas de outra maneira: os petistas tentaram usar o aliado Amaury para lavar a nova sacanagem. Essa versão também foi para o brejo. O dossiê contra Eduardo Jorge contém dados relativos a 2009.
Trata-se, portanto, de coisa fresca. Isso evidencia que os petistas mentem
Aguém está surpreso? ELES ESTAVAM, SIM, PRODUZINDO NOVAS PEÇAS DE DENÚNCIA CONTRA OS ADVERSÁRIOS. Eduardo Jorge não é candidato a nada; não disputa eleições. É um quadro do PSDB. O jogo para aniquilar adversários incluía Serra, candidato da oposição, mas também o vice-presidente do partido.
É o jogo da aniquilação do outro.
Eduardo Jorge é uma parada dura para os petistas porque é um obsessivo com a documentação. Da outra vez, provou a montanha de mentiras contra ele porque sempre muito bem-calçado com os fatos e suas provas. Desta vez, não é diferente. A movimentação dita “suspeita” em suas contas tem a ver com o inventário de um patrimônio familiar. O vice-presidente do PSDB tem todos os dados em mãos para demonstrar que estava sendo vítima de mais uma armação.
A Casa do Espanto do Lago Sul
A Casa do Espanto do Lago Sul, em Brasília, onde ficava a turma do Lanzetta, tinha— ou tem — um chefe, e seu nome é Fernando Pimentel, cuja situação como “coordenador” de Dilma se torna, a cada dia, mais insustentável, ainda que, no mesmo ritmo, mais compreensível. As identidades entre ambos são mesmo impressionantes: militaram no mesmo grupo terrorista e fazem um esforço danado para simular seu apreço às regras do jogo democrático, mas, como se nota, podem atuar também no mundo das sombras.
Quando o Brasil era uma ditadura, escolheram o caminho da luta armada e do terror; na democracia, escolhem o dos dossiês, mundo este em que são protagonistas os arapongas, os espiões e os bandidos.
Chega! A casa — também a do Espanto — caiu.
Como se vê, a operação era bem mais ampla do que parecia. Serra poderia ser o principal, mas não era o único alvo dos enlameadores de reputações. Tratava-se de uma operação grande, em várias frentes. Supor que tudo aquilo estava em curso sob a coordenação de um simples Lanzetta corresponde a subestimar a inteligência alheia. E Pimentel, tudo indica, subestima.
Notem:
A falcatrua que tentaram armar contra Serra é, sim, muito grave. Mas se trata, em boa parte, da imaginação aloprada de escribas de aluguel, pagos para caluniar, para difamar, para inventar. O caso de Eduardo Jorge é infinitamente mais grave. Os dados que foram parar no papelório petista integram o conjunto de informações sigilosas prestadas a um órgão público. Alguém se aproveitou de sua condição de servidor — provavelmente, uma das milhares de nomeações feitas no bojo do aparelhamento de estado — para violar um sigilo garantido pela Constituição.
Em seu discurso na convenção do PSDB Serra falou sobre esse jogo perverso de eliminação do outro.
Na escolha entre o candidato tucano à Presidência e a candidata petista, há clivagens as mais distintas. Mas há uma, tudo o mais estivesse empatado, que desempata o jogo para que tem a democracia como norte: trata-se de optar entre o estado democrático e de direito e o estado policial.
O PT vinha tentando usar uma canalhice para lavar outra.
O dossiê do tal Amaury era, com efeito, só a parte velha, requentada, do novo dossiê. Ou por outra: o PT juntava às mentiras e armações antigas as novas mentiras e armações. Como vocês bem se lembram, essa gente asquerosa tentou meter até este escriba em seu jogo sujo. A idéia é que não sobre nada em pé na República: tudo tem de cair de joelhos diante da divindade do Luís 14 do Mensalão. Não há dúvida de que são tempos difíceis. Mas também são tempos muito interessantes porque nos impõem escolhas.
(resumo da ópera)
Pode-se ficar com a democracia, com o estado de direito e com as garantias asseguradas pela Constituição. E se pode ficar com Dilma Rousseff, Fernando Pimentel, Lanzetta e seus métodos.
“Foi a vitória do crime organizado comandado por Sarney”, protestou o parlamentar no plenário da Câmara dos Deputados.
O deputado federal Domingos Dutra, do PT, iniciou a greve de fome às 14h30 desta sexta-feira. A manifestação começou logo depois da decisão do diretório nacional do PT de fazer coligação com Roseana Sarney, do PMDB. “Foi a vitória do crime organizado comandado por Sarney”, protestou. Dutra está no plenário da Câmara dos Deputados com vários livros ao seu redor. Um deles foi ele mesmo quem escreveu, chamado “O Cameleão”. “É sobre a falta de caráter de Sarney”, afirmou Dutra a VEJA.com. O deputado também está lendo a obra “Oligarquia da Serpente”, de Othelino Filho e Othelino Neto, que fala sobre os escândalos em que o presidente do Senado, José Sarney, esteve envolvido. Dutra também levou para o plenário os livros ”Princípios de vida”, de Mahatma Gandhi, e ”A Arte da Guerra”, de Nicolau Maquiavel. As obras são para os momentos de ócio durante o protesto. Flávio Dino e sua candidata a vice, Terezinha Fernandes, do PT, vão se encontrar com Dutra no plenário ainda hoje para decidir se reivindicam na Justiça contra a decisão do diretório petista.