Segunda-feira, 31 de Março de 2008
Obra de Tiziano,Sísifo,1549 A farra das ONG$ e o castigo de SísifoLevantamento feito pelo boletim "Congresso em Foco" com base no Siafi (sistema onde são registrados gastos públicos) revela que o governo federal despejou R$ 13,1 bilhões em oito anos para 9.259 entidades do chamado "terceiro setor", as ONGs. Na média do período, R$ 1,6 bilhão ao ano foi repassado a essas entidades. Trata-se de uma grossa soma de dinheiro, em qualquer moeda ou lugar do mundo...Fatos recentes, porém, revelam que há algo de muito podre no reino das ONGs.
Não apenas os convênios são acintosamente suspeitos, mas é também suspeitíssima a posição do presidente Lula em relação aos casos.Nos últimos dias, ficamos sabendo que mais de R$ 70 milhões foram destinados a amigos, doadores de campanha e parentes que comandam ONGs ligadas ao PDT. O partido é presidido pelo ministro Carlos Lupi (Trabalho). É do seu ministério que o dinheiro sai. Já as verbas que deveriam ser usadas para treinar jovens foram parar ou em um asilo de idosos presidido por político do PDT ou em igreja evangélica que nunca treinou ninguém. Mas que tem seu "diretor político" como filiado ao partido de Lupi. Soubemos também que outras ONGs ligadas ao PC do B, partido do ministro do Esporte, Orlando Silva, receberam R$ 14 milhões. A que mais embolsou verbas é comandada por um colega do ministro no Comitê Central do PC do B. Não apenas os convênios são acintosamente suspeitos, mas é também suspeitíssima a posição do presidente Lula em relação aos casos. Além de defender Lupi com unhas e dentes antes mesmo de uma investigação séria, houve enorme resistência do governo Lula e de partidos aliados em apoiar a chamada CPI das ONGs. O embrião da CPI foram suspeitas em torno da ONG Unitrabalho, que recebeu mais de R$ 18 milhões na gestão Lula. A ONG tem como colaborador o petista Jorge Lorenzetti, "aloprado e churrasqueiro oficial" do presidente.
"Com maioria governista na CPI das ONGs, que garante a impunidade, governo continua sangrando recursos públicos"
Após meses de protelações e impedimentos, agora finalmente a CPI das ONGs está em atividade no Senado, se é que podemos dizer isso. Sua atuação é tão desfocada e pulverizada que não produziu nada que preste até agora. Ao que parece, é outra CPI que servirá somente para os partidos manterem alto o nível de chantagem entre si enquanto sangram o setor público com a outra mão. O jogo de sempre. Os escândalos listados acima pipocam com fatos e fotos na Folha e em "O Globo" há mais de duas semanas. De prático, além da defesa enfática de Lula a Lupi, apenas alguns convênios seriam cancelados (será?). Assim como em dezenas de outros desmandos na República, mais nada aconteceu.MVS Albert Camus Page
Talvez nesta semana Lula também defenda o ministro Hélio Costa (Comunicações). Segundo reportagem da colega Elvira Lobato, da Folha, Costa pretende transferir o call center dos Correios para sua base eleitoral e cidade natal, Barbacena (MG). A operação inclui investimento milionário e a contratação de 400 funcionários públicos no município. Justificativa do ministério: Barbacena fica entre duas grandes cidades, Rio e Belo Horizonte. Um embuste. Para reduzir custos, empresas norte-americanas têm hoje seus call centers na Índia. No Brasil de hoje, jornalistas parecem obrigados a um infinito trabalho de Sísifo. Como sucede ao mitológico filho do rei Éolo, Sísifo é condenado a empurrar uma enorme rocha morro acima. Mas, em todas as vezes em que está quase lá, a pedra rola de volta ao ponto de partida. Só resta enfrentar a rocha novamente.
Folha - 03/03/2008, por Fernando Canzian, repórter especial da Folha. Foi secretário de Redação, editor de Brasil e do Painel e correspondente em Washington e Nova York. Ganhou um Prêmio Esso em 2006. Canzian, escreve às segundas-feiras.
(Soviet Russian Photos Correction)
Das muitas habilidades da propaganda stalinista, talvez, a mais importante tenha sido a forma pitoresca de mudar o passado. Por exemplo: muito antes do Photoshop, Stálin teve a idéia de apagar Trotsky de todas as fotografias do período revolucionário. É bom lembrar que os retratistas de Stalin não usavam poderosos PCs quando retiravam das fotos oficiais aqueles que caíam em desgraça; mortos ou enviados para a Sibéria. Também, vários dos retratistas de Stálin foram fuzilados porque o tirano se recusava ser retratado como realmente era. Nenhum de seus retratos deveria ser verdadeiro. Veja imagens aqui
Comentário do leitor
Shridhar Jayanthi: "O cara apagado não era o Trotsky mas sim o cara que criou os Gulags, chefe do que virou mais tarde a KGB (mas eu esqueci o nome dele). Era o "aloprado" do Stálin".
Sábado, 29 de Março de 2008
Dilma Rousseff, ministra da Casa Civíl de Lula, ontem cérebro do roubo ao cofre hoje suspeita de aloprada
"Ela não é mulher de meio-tom", resume o ex-companheiro de guerrilha Darcy Rodrigues.
Dilma Rousseff pegou em armas e teve papel relevante numa das ações mais espetaculares da guerrilha urbana no Brasil — o célebre roubo do cofre do governador paulista Adhemar de Barros, que rendeu 2,5 milhões de dólares. O assalto ao cofre ocorreu na tarde de 18 de julho de 1969, no Rio de Janeiro, segundo informa o jornalista Elio Gaspari em seu livro A Ditadura Escancarada. "Naquela tarde, a bordo de três veículos, um grupo formado por onze homens e duas mulheres, todos da VAR-Palmares, chegou à mansão do irmão de Ana Capriglioni, amante do governador, no bairro de Santa Teresa, no Rio. Quatro guerrilheiros ficaram em frente à casa. Nove entraram, renderam os empregados, cortaram as duas linhas telefônicas e dividiram-se: um grupo ficou vigiando os empregados e outro subiu ao quarto para chegar ao cofre. A ação durou 28 minutos e foi coordenada por Dilma Rousseff e Carlos Franklin Paixão de Araújo"... aqui
No caso do dossiê, funcionários da Casa Civil foram convocados para o trabalho sujo
A edição desta semana da revista Veja reitera a posição apresentada na denúncia feita na semana passada de que o "documento produzido e editado no Palácio do Planalto", com informações sobre o ex-presidente FHC e a ex-primeira-dama Ruth Cardoso, é, de fato, um dossiê, e não parte de uma base de dados para organizar informações relativas aos gastos com suprimento de fundos desde 1998 até hoje, como sustenta a Casa Civil. A revista diz que o documento foi produzido e editado "de forma a conter apenas informações potencialmente desabonadoras para FHC e Ruth Cardoso, deixando de lado dados da mesma natureza relativos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Marisa Letícia".
O grupo teria se reunido a partir do dia 11 de setembro do ano passado em uma sala no anexo II do Palácio do Planalto. Um dos técnicos convocados teria chegado a indagar sobre que tipo de materialidade se estava pesquisando em pilhas de processos de compras enviadas para análise. A coordenadora do trabalho, chefe da Diretoria de Recursos Logísticos, Maria de La Soledad Castrillo, assessora de Erenice Guerra, braço direito de Dilma na Casa Civil, teria explicado que eram "compras inadequadas e mordomias". Os funcionários teriam analisado, por uma semana, os gastos da família de FHC. Cada despesa mais exótica encontrada, diz a Veja era efusivamente comemorada, tal como uma nota fiscal que descrevia a compra de fraldas descartáveis e sabonete infantil. aqui
O presidente Lula atingiu novo recorde de avaliação positiva, com 55% da população considerando seu governo ótimo/bom. Segundo o Datafolha, com exceção do Sudeste (47%), todas as demais regiões do país têm a maioria dos eleitores avaliando o presidente positivamente. Lula "arrebenta" no Nordeste, com 68% aprovando seu governo. Novos números também mostram que a cobertura dos programas sociais do governo agora atinge um quarto da população brasileira. A divisão desse bolo também continua colada à percepção do desempenho presidencial.
Dos nove Estados do Nordeste, onde Lula é rei, oito têm uma cobertura de programas sociais maior que a média (25%) no país: ela vai de 33,3% dos domicílios na Bahia a 41,3% no Maranhão. Já em dois dos mais populosos Estados do Sudeste, onde a avaliação do presidente é bastante pior, apenas 7,6% dos paulistas recebem benefícios sociais. Entre os fluminenses, 6%. Esses números atestam, mais uma vez, o poder político-eleitoral dos programas sociais. Eles injetam diretamente dinheiro e otimismo no bolso dos eleitores. Foi assim na reeleição de 2006 e continua sendo quando se trata da percepção do desempenho presidencial. Mas não é só.
A simbiose político-financeira também revela ao menos duas outras coisas: 1) continua enorme a disparidade de renda e o número de miseráveis no Brasil (1,4 milhão de crianças de 5 a 13 anos ainda trabalham, por exemplo) e; 2) os quase 50 milhões de beneficiários de programas sociais vêm, muito provavelmente, ajudando a dar novo impulso à economia como um todo.
Não se pode restringir aos programas sociais o efeito pró-Lula refletido na avaliação presidencial. É inegável que a economia do país ganhou outra musculatura e previsibilidade nos últimos dois anos, contribuindo fortemente para a atual maré crescente de mais investimentos, emprego, renda e consumo. Gradativamente, os bolsos dos brasileiros vem ganhando mais recheio. O PIB de 5,4% em 2007 é reflexo acabado disso...
Nesse reinado lulista de bolsos e bolsas inchando, dossiês, CPIs ou escândalos continuarão sendo, no máximo, ruídos. São as dores do crescimento, para o bem e para o mal.
Fernando Canzian, 40, é repórter especial da Folha. Foi secretário de Redação, editor de Brasil e do Painel e correspondente em Washington e Nova York. Ganhou um Prêmio Esso em 2006.fonte
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Dona Ruth Cardoso se diz 'indignada' com exploração política de suas despesas A ex-primeira-dama Ruth Cardoso disse ter ficado "indignada" com a exploração política que o governo Lula está fazendo com os gastos pessoais do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e seus familiares. Sem citar o nome da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, ou de sua assessora Erenice Guerra, que teria sido responsável pela elaboração do dossiê* que aponta os gastos da família do ex-presidente, dona Ruth Cardoso diz, em nota, que a sua época "o dinheiro público jamais foi usado em benefício próprio. Mais do que isso, nunca tais gastos foram sigilosos. As despesas eram abertas e todas essas contas já foram aprovadas pelos órgãos competentes", diz um dos trechos de nota divulgada por sua assessoria, sobre a reportagem do jornal "Folha de S. Paulo", que revelou que o dossiê sobre os gastos do ex-presidente teria sido elaborado por ordens de Erenice Guerra, secretária-executiva da Casa Civil, principal assessora da ministra Dilma Rousseff.
* DOSSIÊ [fr. dossier.] Substantivo masculino. 1.Coleção de documentos referentes a certo processo, a determinado assunto, ou a certo indivíduo (Dicionário Aurélio)
A trajetória de Ruth Cardoso mostra uma mulher vencedora, dona de um currículo invejável.
Ruth Cardoso, primeira-dama de 1995 a 2002, deixou duas marcas: o empenho com que manteve sua vida pessoal e familiar longe dos holofotes e o afinco com que levou seu trabalho à frente do Comunidade Solidária, o principal programa social do governo tucano, no qual conquistou o respeito até de adversários políticos. Lançou o Alfabetização Solidária, entre outros programas, embriões de ações sociais do atual governo. A ex-primeira-dama é doutora em Antropologia e professora da USP, cursou o pós-doutorado na Universidade de Columbia (New York/EUA). É professora visitante na Universidade de Berkeley (California/EUA); professora associada em Cambridge (Inglaterra); presidente do conselho assessor do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) sobre Mulher e Desenvolvimento; também, membro da junta diretiva da UN Foundation e da Comissão da OIT (Organização Internacional do Trabalho). Entrevista
Opinião do leitor
Quando não se deve, não se teme e as falas são claras, assim é Dna Ruth e assim é o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso! Neste Governo as falas são obscuras assim como os argumentos nebulosos e inconsistentes. E nosso dinheiro é usado para o luxo e a riqueza de quem diz que é a favor dos pobres!
Sexta-feira, 28 de Março de 2008
"Bucho", meu filho, resolva a sua crise...Lula, falando para empresários mexicanos, em Recife: “Referindo-se à crise imobiliária, olhem bem a frase que o presidente Lula diz para o presidente da economia mais desenvolvida do mundo – vejam se isso é modo de tratar um chefe de Estado – : ‘Bush, meu filho, resolva a sua crise. Passamos 26 anos sem crescer e agora você quer, com a crise, nos atrapalhar! O Brasil tem know-how para salvar bancos. O Brasil tem o Proer. Se os americanos precisarem, podemos mandar a tecnologia.”
Olhe que aguentar Lula, o presidente da dengue, montar seus palanques pelo Brasil com o dinheiro público para fazer comícios de campanha ou dizer disparates e mentiras boca a fora já é deplorável. Agora, aguentá-lo em Recife, cidade em que moro, a defender publicamente Severino Cavalcanti, ex-presidente da Câmara que renunciou depois de ser pego cobrando propina e, ainda, render homenagens a Chavez (que o acompanhava) como um "pacificador" no episódio das Farc - grupo de narcotraficante e sequestradores - é algo tão degradante, mas tão degradante que confesso: estou perdendo a esperança é no País.
Bem avaliado na pesquisa Lula ignora o legislativo, o judiciário e o contribuinte brasileiro ... Imagine o que aprontará o aloprado se atingir os 84% de popularidade que atingiu o mais cruel presidente da ditadura militar, Garrastazu Médici?
imagem: Strangeman's Paradise
Dois pronunciamentos do presidente da República, na semana passada, levaram a memória a dar um salto de mais de uma década para trás, em busca do que diziam os relatórios sobre o desenvolvimento humano editados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). No primeiro desses pronunciamentos, em Campo Grande (MS), disse o presidente que "é humanamente impossível você governar se não tiver medidas provisórias. Porque o tempo e a agilidade com que as coisas precisam acontecer muitas vezes são mais rápidos do que o tempo das discussões democráticas que são necessárias acontecer no Congresso" (Agência Estado, 19/3). No segundo, em Foz do Iguaçu (PR), disse ele: "Nós estamos olhando com muita cautela porque não queremos que uma crise americana, que não fomos nós que criamos, venha a causar uma crise no Brasil. Estamos olhando todo o tempo com lupa" (Agência Estado, 21/3)... Continua
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Em oito anos de tucanato, mosquito causou 209 mortes
Em cinco anos de petismo, doença aniquilou 325 vidas
Em 2002, na epidemia de Serra, morreram 150 doentes
Em 2007, Temporão arrostou um recorde de 158 óbitos
Por Josias de Souza,
Os dados são oficiais. Colecionou-os a pasta da Saúde. Encontram-se disponíveis no sítio que o ministério mantém na internet. Pressionando aqui, você chega a um quadro que contabiliza os mortos da dengue, ano a ano, por Estado e por região. As estatísticas demonstram que o governo Lula candidata-se à desmoralização se insistir no debate que transporta a crise da dengue da seara técnica para o campo político. O Aedes aegypti produziu na era Lula 116 cadáveres a mais do que no ciclo FHC. Nos primeiros cinco anos de governo petista (2003-2007), 325 pessoas morreram de dengue em todo país. Um número que supera em 55,5% as 209 mortes notificadas pela rede hospitalar nos oito anos de gestão tucana (1995-2002). Considerando-se os 13 anos dos dois presidentes, chega-se a um morticínio de 534 brasileiros. Adicionando-se à conta os 48 mortos oficiais já contabilizados na epidemia que infelicita o Rio nesse primeiro trimestre de 2008, chega-se a 582 mortos. Daria para lotar, com sobras, três aeronaves como o Airbus A320 da TAM, que transportou para o esquife os 186 passageiros da tragédia de Congonhas, ocorrida em julho do ano passado. Os números demonstram, com frieza tumular, que, em vez de brincar de esconde-esconde, as autoridades das três esferas de governo –federal, municipal e estadual—deveriam estar discutindo o que fazer para vencer o mosquito. Um inseto que, em pleno século 21, em reaparições cíclicas, vem prevalecendo vergonhosamente sobre o Estado e sobre uma sociedade que, desinformada, dá de ombros para os cuidados mais comezinhos. As estatísticas não socorrem José Gomes Temporão (PMDB). Empenhado em acomodar sobre os ombros do prefeito Cesar Maia (DEM) toda a responsabilidade pela epidemia carioca, o ministro convive com um recorde incômodo. A dengue matou, em 2007, 158 pessoas. Um recorde. Oito a mais do que os 150 pacientes que o mosquito vitimara em 2002, quando respondia pelo ministério o tucano José Serra, hoje governador de São Paulo. A julgar pelos dados do ano passado, a encrenca do Rio pode ser considerada como uma tragédia anunciada. Temporão ascendeu à Esplanada em 19 de março de 2007. Sete meses depois, já havia percebido que arrastara para sua biografia uma epidemia de dengue maior do que quela que orna o currículo de Serra. "Em outubro de 2007, em Belo Horizonte (MG), eu alertei que o Brasil tinha um quadro de epidemia de dengue e mostrei preocupação especial com o Rio de Janeiro", disse, nesta segunda-feira (24), um Temporão que reincidia na tática de realçar as responsabilidades do ‘demo’ Cesar Maia. "Em todo o país, nós conseguimos baixar os índices da doença [nos primeiros meses de 2008], e só no Rio houve crescimento. Todo o esforço que o governo federal poderia ter feito, fez." Visto pelo ângulo da execução orçamentária, Temporão não parece ter feito “todo o esforço”, como diz. Segundo levantamento produzido pelo sítio Contas Abertas, a pasta da Saúde aplicou em 2007, o ano do recorde de 158 mortos, apenas 55% dos R$ 68,1 milhões inseridos no Orçamento da União para ações de vigilância, prevenção e controle da malária e da dengue. De resto, o “alerta” que o ministro diz ter feito há cinco meses, em Belo Horizonte, não soou compatível com a dimensão do problema que se avolumava nos computadores do sua pasta. Levado à internet só no mês passado, o flagelo de 2007, é, ainda hoje, uma espécie de epidemia oculta. Inspirando-se no Lula de 2002, que usara os 150 cadáveres daquele ano para vergastar Serra na campanha presidencial, Temporão talvez tivesse levado ao trombone, com maior intensidade, os 158 corpos de 2007. Tudo considerado, a epidemia do Rio vai ganhando contornos de um filme sem mocinhos. Temporão acusa Cesar Maia de, entre outros pecados, ter desmobilizado as equipes de saúde da família do município e de manter uma rede de atenção primária de “baixa qualidade”. O monturo de corpos, que se avoluma na capital carioca, escala as manchetes como uma evidência de que a prefeitura pode ter cometido estes e até outros pecados. Mas o ministro tampouco vai à foto em posição confortável. Só nesta segunda-feira, depois de ter sido fustigado por Lula, Temporão realizou a primeira reunião do que denominou de “gabinete de crise”. Em entrevista, propalou algo que a torcida do Flamengo já não ignora: o número de mortos no Rio está “completamente fora do que nós consideramos que seria razoável.” Companheiro de partido do ministro, Sérgio Cabral, governador do Rio, inaugurou três tendas para administrar soro nos doentes de dengue. A providência chega às portas de abril, mês em que o ciclo da dengue costuma ser cadente. "O trabalho preventivo é um trabalho tipicamente municipal”, disse Cabral, como que lavando as mãos. “Não é normal que um Estado abra centros de hidratação e coloque 1.200 homens dos bombeiros no combate à dengue" nessa época, reconheceu. "O normal é o trabalho preventivo, durante o ano inteiro." Fonte
imagem: ministro José Gomes Temporão (PMDB) frodobalseiro
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Quinta-feira, 27 de Março de 2008
Isabel do Carmo, médica, endocrinologista continua o seu longo combate contra a sociedade capitalista.PESO & MEDIDA: Tem alguma sugestão que torne esses alimentos ricos nutricionalmente também mais acessíveis? ISABEL DO CARMO: "É difícil porque obrigaria a alterar toda a sociedade e todo o sistema econômico. Porque os pobres compram as coisas mais baratas, os ricos compram as mais caras. E isso origina uma grande desigualdade social ao nível da obesidade, como provam as estatísticas. Nas sociedades como a nossa são sempre os mais pobres que são os mais obesos".Nota: Amigos portugueses comentam que "Isabel do Carmo, que diz ser comunista, cobra mais de €100 por consulta…" Ah. Tá!
Entrevista: Peso & Medida, Faculdade de Motricidade Humana, Lisboa
Fonte: O Insurgente
Um jato (Learjet 35) da Força Aérea Brasileira (FAB) com dois ministros a bordo sofreu uma pane na tarde da quarta-feira logo após a decolagem no aeroporto Guararapes, em Recife (PE). A aeronave saiu da pista para uma área de escape e pousou de barriga. Os ministros Geddel Vieira Lima (Integração) e Hélio Costa (Comunicações) nada sofreram e o aeroporto acabou sendo fechado para pousos e decolagens.O recifense não perdeu a piada: A FAB deve ter um avião maior pra colocar todos os ministros, deputados, senadores, presidência da república e mandar para o aeroporto Guararapes.
foto: Ilimar Franco - O Globo; O Globo Online