Falar de economia nos dias de carnaval é um desafio. O tema ideal precisaria ter tempero de batuque e de Big Brother. Meu assunto desta edição não chega a ser assim um samba, mas poderia render marchinha de rua dos anos 30 do século passado: guerra e indústria bélica.
Diversos veículos da imprensa vêm tratando como consumada a decisão do governo federal – ou melhor, do presidente Lula em pessoa – de comprar da França 36 aeronaves supersônicas de altíssimo poder de fogo.O país, ou seja, nós, os contribuintes, pagaríamos US$ 6,2 bilhões pelos aviões Rafale, mais US$ 4 bilhões em manutenção. O pacote faria a felicidade dos franceses, num momento em que não há exatamente dinheiro sobrando mundo afora e em que qualquer disputa entre fornecedores se torna muito mais acirrada. A força está com os compradores. Isso transformaria o presidente da França, Nicolas Sarkozy, no maior vendedor do mundo, pelo tamanho do “pedido” realizado por nosso Ministério da Defesa... Ler mais em Paulo Rabello de Castro
O Partido dos Trabalhadores - o PT - tentou censurar uma marchinha do carnaval de Recife de autoria do brasiliense Vasco Vasconcelos e cantada pelo cantor pernambucano Almir Rouche no 31º baile do bloco Siri na Lata. Segundo informação divulgada por Claudio Humberto, “o bloco resolveu homenageá-lo ao saber que sua canção tinha sido censurada no II Concurso de Marchinhas Carnavalescas, divulgado pelo Fantástico e patrocinado pela Petrobras e Ministério da Cultura. Quase dez mil foliões dançaram ao som da marchinha.”.
Prova que Pernambuco não é feito só de analfabetos, bolsistas, manipulados, babacas e aproveitadores. E QUE NÃO ENGOLE O FALSO OPERÁRIO...Esta é a camisa do Sira na Lata, no carnaval passado. E por aí vai...
O ator e hoje governador da Califórnia Arnold Schwarzenegger não poupou esforços na hora de mostrar aos gringos o que as brasileiras têm. Nos anos 80, convidado para protagonizar um documentário que tentaria popularizar o carnaval do Rio de Janeiro, o aspirante a estrela de Hollywood aproveitou a temporada na Cidade Maravilhosa para conquistar mulheres, beber caipirinha e, claro, tentar sambar. O vídeo virou sensação na internet e exibe um Schwarzenegger abusado, que tenta a todo custo agarrar uma passista. A atitude do ator constrangeu a dançarina e transformou o documentário em uma das piores produções já realizadas sobre a festa popular brasileira. Em Veja: "Os 10 micos mais memoráveis do Carnaval no Brasil"
O carnaval em que o LULA, do PT do mensalão, vestiu a fantasia de "Inimigo dos Corruptos"
No País do Carnaval, talvez ganhe algum troféu na categoria Originalidade. Num Brasil menos cafajeste, o concorrente seria desqualificado por obscenidade.
Durante o Carnaval, os brasileiros estão autorizados a vestir a fantasia que quiserem. Todos podem transformar-se em arlequim, pirata, pierrô, demônio, anjo, lorde inglês ou Nelson Jobim. Qualquer um tem o direito de fazer de conta que é o que nunca foi e jamais será. Lula, por exemplo, irrompeu em Goiás na sexta-feira fantasiado de Guardião da Moral e do Dinheiro Público em Luta contra os Corruptos Inimigos da Pátria. No País do Carnaval, talvez ganhe algum troféu na categoria Originalidade. Num Brasil menos cafajeste, o concorrente seria desqualificado por obscenidade.
A fantasia se inspira numa fantasia mais antiga: nos últimos sete anos, Lula não enxergou nenhum caso de corrupção, não viu nenhum corrupto. Descobriu só agora que existem bandidagens por perto, contou na espantosa entrevista concedida a emissoras de rádio goianas. “Obviamente que fico chocado quando vejo a denúncia de corrupção nesse país”, disse sem ficar ruborizado o presidente que, desde julho de 2005, preside um escândalo por mês. “Fico chocado quando vejo aquele vídeo do Arruda recebendo o dinheiro”, continuou a figura que, confrontada há dois meses com a performance da Turma do Panetone, ensinou que “imagens não falam por si”.
“É uma coisa absurda a gente imaginar que em pleno século 21 isso acontece neste país”, prosseguiu sem gaguejar. O que há com o Brasil, estaria perguntando Nelson Rodrigues, que não interrompe aos gritos o falatório, para berrar que muito mais absurdo é ouvir uma coisa dessas declamada pelo Padroeiro dos Pecadores Companheiros? Como os repórteres nem miaram, a discurseira seguiu seu curso: “Espero que o que aconteceu com o Arruda sirva de exemplo para que isso não possa mais se repetir em lugar nenhum. Por isso mandei para o Congresso projeto de lei transformando o crime de corrupção em crime hediondo porque precisamos ser mais duros com a corrupção e com os corruptos”. O que há com o Brasil, estaria rugindo Nelson Rodrigues, que não reage com uma gargalhada nacional ao espetáculo do cinismo?
Como pode falar em combate à corrupção quem finge não saber das bandalheiras em que se meteram mensaleiros, sanguessugas, aloprados, os compadres Roberto Teixeira e Paulo Okamotto, o “nosso Delúbio” e seus quadrilheiros? Como pode posar de defensor dos usos e costumes o presidente que se despediu com cartinhas meigas do estuprador de contas bancárias Antônio Palocci e de José Dirceu, capitão do time do Planalto e general da organização criminosa em julgamento no Supremo? Como pode apresentar-se como guardião da moral e da ética o companheiro que convive fraternalmente com Fernando Collor, Renan Calheiros e Romero Jucá, e promoveu José Sarney a homem incomum?
Há pouco, entre uma e outra pedra fundamental, Lula inaugurou a tese de que o mensalão não passou de uma trama forjada por inimigos da pátria inconformados com a performance incomparável do operário que virou presidente. Tudo somado, esse histórico informa que a promessa de combater duramente a corrupção é mais que uma fantasia de Carnaval. É também a prova de que o Brasil é governado por um presidente que, em vez de cérebro, tem na cabeça um palanque.
Desde o escândalo do mensalão, Lula fez a opção preferencial pela amoralidade e incorporou a mentira ao estilo de governo. É compreensível que tenha visto em Dilma Rousseff a sucessora ideal. FONTE AQUI
Mentiras aplicadas no Guinness não são novidades... Mas, o que está chamando atenção neste ano é o tal MAIOR BLOCO CARNAVALESCO DO MUNDO - Galo da Madrugada de Recife
Tuuuuuuuuuuuuuudo bem, seria ele o maior bloco do mundo??? Tuuuuuuuuuuuuuudo bem,....Mas, daí dizer que bateu o record de pessoas com mais de 1 milhão e meio de seguidores é demais!!!! Este ano de 2010, então delilaram... Já estimam 2 milhões de seguidores do Galo nas ruas...Isso siginificaria que em 4 ruas estreiras no centro de Recife ( com capacidade de no máximo 50 mil pessoas) incluindo uma praça e uma ponte, ocupadas com 34 carros de som e alegóricos e camarotes montados) levariam TODA A POPULAÇÃO DA CAPITAL PERNAMBUCANA AS RUAS , Considerando que a população da capital - Recife - tem aproximadamente, 1 milhão e 400 pessoas ...
E AÍ? Estaria a população de Recife em peso (e alguns poucos turistas) no evento?. Ai, AÍ, AÍ... Menos!!! Menos, caros prefeito e governador petralha!!!
OBS: Para quem não sabe o Bloco Carnavalesco e tradicional Galo da Madrugada leva multidões as ruas do Recife no Carnaval e, considerando o perímetro e as estreitas ruas do centro da capital pernabucana em que desfila, nunca ultrapasria a 500 mil pessoas.
Como privatizar é um verbo que o atual governo não conjuga, tendo demorado anos até mesmo para admitir a concessão ao setor privado de rodovias federais, o projeto de modernização da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), proposto pelo Ministério das Comunicações, pode ser considerado um certo avanço. Pela proposição, que pode ser adotada por Medida Provisória, a ser encaminhada ao Congresso Nacional depois do carnaval, a ECT, uma estatal de direito privado, seria extinta, surgindo em seu lugar a Correios do Brasil S.A., de capital fechado, regida pelas normas de governança corporativa.Ler aqui: "Um novo Correio?"
"Confiar a fanáticos a busca da verdade é o mesmo que entregar o galinheiro aos cuidados da raposa. A história da inquisição espanhola espelha o perigo do poder concedido a fanáticos" ...“A ‘Comissão da Verdade’ de que trata o Decreto de 13 de janeiro de 2010 certamente, será composta dos mesmos fanáticos que, no passado recente, adotaram o terrorismo, o seqüestro de inocentes e o assalto a bancos como meio de combate ao regime, para alcançar o poder.”(General Maynard de Santa Rosa, do alto comando do exército brasileiro).
Até o começo da noite de ontem Lula não tinha assinado a exoneração do General Maynard de Santa Rosa do cargo de chefe da Diretoria Geral de Pessoal do Exército. Nos bastidores do Forte Apache (sede do EB), a expectativa ontem era que a crise Arruda acabasse superando o episódio Santa Rosa, que protestou contra a criação da “Comissão da Verdade”, classificando-a de “Comissão da Calúnia”. Mas a tendência é que $talinácio, a pedido de seu ministro Jobim, mande mesmo Santa Rosa para a “geladeira”, até o ingresso dele na reserva do EB, por 12 anos no generalato, em 31 de março próximo.O problema para Lula é o descontentamento geral dos militares com a punição a Santa Rosa – o que desgasta também o Comandante do Exército, General Enzo Peri, que teria sido favorável à degola do companheiro de Alto Comando. AQUI
Li que o bordão que o Duda Mendonça apresentou para a sua campanha eleitoral é baseado naquela música do Zeca Pagodinho: "Deixa a Dilma me levar; Dilma leva eu..." Com todo o respeito, dona Dilma, levar para onde? Dá calafrios só de pensar. Por falar em Duda Mendonça, cabe a pergunta: vocês o reabilitaram? Vão pagar a campanha com dólares depositados nas Bahamas, como ele gosta? Isso é proibido, dona Dilma. A senhora sabia?
Mudando de assunto, esse negócio de "Estado forte" que a senhora defende me lembra os tempos do general Ernesto Geisel. Se a senhora não se lembra, foi aquele presidente do Brasil, na década de 1970, que tão somente fechou o Congresso por alguns dias e baixou várias medidas políticas arbitrárias que ficaram conhecidas como "pacote de abril". Entre elas, vale destacar, foi criada a triste figura do "senador biônico". Pois bem, o presidente Geisel vivia dizendo que a economia brasileira estava apoiada em três pés: o Estado, o capital estrangeiro e a iniciativa privada nacional. Não era bem assim, na prática. Durante o governo do dito cujo foram criadas quase 400 empresas estatais. E a maioria esmagadora dava prejuízo, sangrando o Tesouro Nacional. Paciência. Segundo ele, o Estado deveria suprir, na economia, todas as lacunas deixadas pela iniciativa privada. Era melhor para a Nação que o estatismo prevalecesse do que entregar a área ao capital estrangeiro...Ler mais em "Prezada dona Dilma" de João Mellão Neto
Como a arte é muitas coisas para muitas pessoas diferentes, como podem agências financiadas pelo governo antecipar a estética de uma população largamente diversa?
A pergunta é discutível, claro, mas a questão maior permanece: pode o dinheiro do governo criar uma nação de homens e mulheres da Renascença, igualmente fluentes nos domínios das artes visuais, escritas e performáticas - e será esse objetivo sequer desejável? Terão os subsídios do governo estimulado a criação de alguma nova arte proeminente, reapresentado a novas gerações o melhor da arte historicamente validada, ou aculturado imigrantes à nata do pensamento, dos ideais e do talento ocidental, ou levado a qualquer coisa remotamente parecida com o equivalente ao Renascimento italiano no século XV? Morrerá a arte sem o dinheiro de meus impostos?...de Bruce Edward Walker, em "A arte não precisa de subsídios do estado"
Em Tempo: Arte séria e artistas sérios podem sobreviver - e já sobreviveram - sem subsídios. De fato, muitos dos grandes poetas dos últimos 100 anos fizeram carreiras que engrandeceram muito o que produziram: William Carlos Williams era médico; Wallace Stephens era corretor de seguros; Dana Gioia, que foi chefe do NEA, trabalhou como gerente de publicidade e marketing para a General Foods; T.S. Eliot era bancário e editor; e Gary Snyder trabalhou como lenhador e vigilante de incêndios... (entre outros tantos artistas geniais na literatura, música, teatro, pintura, fotografia, cinema ,..) Cujas obras memoráveis se tornaram universais; tanto nas chamadas "alta" ou "baixa " erudição, nas antigas ou contemporâneas obras - atravessaram séculos, décadas e que, ainda hoje, emocionam as novas gerações.
O presidente Lula passa por momentos de euforia que o levam a inventar inimigos e enunciar inverdades. Para ganhar sua guerra imaginária distorce o ocorrido no governo do antecessor, autoglorifica-se na comparação e sugere que se a oposição ganhar será o caos. Por trás dessas bravatas estão o personalismo e o fantasma da intolerância: só eu e os meus somos capazes de tanta glória. Houve quem dissesse: "O Estado sou eu." Lula dirá: "O Brasil sou eu!" Ecos de um autoritarismo mais chegado à direita. Lamento que Lula se deixe contaminar por impulsos tão toscos e perigosos. Ele possui méritos de sobra para defender a candidatura que queira. Deu passos adiante no que fora plantado por seus antecessores. Para que, então, baixar o nível da política à dissimulação e à mentira?... Leia em "Sem medo do passado", de Fernando Henrique Cardoso