Lula candidato. Num debate com José Serra, na campanha eleitoral de 2002, ele atacou os programas como Bolsa Escola e Bolsa Alimentação (que, depois, viraram o Bolsa Família) porque os considerava “assistencialistas”, verdadeiras “esmolas”.O que fez o Governo Lula? Em 20/10/03, editou uma medida provisória criando o Bolsa Família, um programa que seria a união do Auxílio-Gás, do Bolsa Alimentação e do Bolsa Escola, severamente criticados por Lula.Entendeu bem, companheiro leitor?.Quem acha que coisas como o Bolsa Família eram uma esmola, que acomodavam as pessoas, que lhes tiravam a disposição para o trabalho, era Lula. Lula, ele próprio, pensava como um “ignorante”, um “imbecil”.
O ex-ministro do TSE e do STF, Francisco Rezek, é um cavalheiro e evita frases fortes, mas não deixa de dar um recado duro.
“Será que tem razão os cínicos para quem nós (povo brasileiro) nos tornamos uma sociedade sem escrúpulos, que convive pacificamente com eleitos pouco escrupulosos, estes que parecem fiéis à qualidade de quem os elegeu?. Não quero acreditar nisto”, afirmou, sem afirmar a crítica de forma categórica.
“O que preocupa não é a gravidade da situação, não é a intensidade da crise. O que preocupa é a perda coletiva da indignação. O que aconteceu com a intelectualidade? Os grandes nomes de antes? No passado, revelaram uma capacidade tão grande de integração no processo político. Onde é que foram parar? Estou sentindo falta de nossa capacidade coletiva de indignação”, afirmou.
Os patriotas da chamada base aliada entraram em ação, e a Comissão de Segurança da Câmara não conseguiu convocar o general Jorge Felix, do Gabinete da Segurança Institucional, para explicar como diabos funciona, afinal, a segurança do Palácio do Planalto. Como se sabe, o método revolucionário escolhido pelo GSI apaga a cada 30 dias as fitas que gravam a circulação de pessoas no prédio e não anota a placa de veículos de “autoridades” que entram no edifício. É tal a disposição para matar o assunto, que o placar foi esmagador: 12 a 4 contra a convocação. Os governistas acham que já sabem o bastante sobre o tema. Aqui
SÃO PAULO - Um dia depois de ter sido acusado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva de omitir a participação de recursos do governo federal nas obras do Rodoanel Mário Covas, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), evitou alimentar a polêmica. O tucano disse que o presidente não estava bem informado ao criticar o Estado e apontou uma conotação eleitoral na polêmica. "Não vou alimentar intrigas de natureza claramente eleitoral. (Se) não estivéssemos nas vésperas de uma eleição, não teríamos essas propagandas enganosas do PT nem o presidente teria sido mal informado a respeito de como as obras têm sido apresentadas", disse Serra, após cerimônia de lançamento da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp), na capital paulista.O governador fez questão ainda de convidar Lula a visitar, em sua companhia, as obras do Rodoanel. "Convidei Lula inúmeras vezes a percorrer o Rodoanel. Se o governo quisesse esconder (a participação da União), eu não estaria insistindo nesse convite, que renovo publicamente", afirmou.Continua
"O Senado hoje é totalmente manipulado pelo presidente da República. Isso, no regime militar, não assistimos tão forte como se assiste hoje. No regime militar se podia ter presidentes de comissões (CPI), como eu fui", afirmou Itamar.
RIO DE JANEIRO - Depois de reclamar do que chamou de "interferência indevida e violenta" do Executivo no Congresso Nacional, o ex-presidente da República Itamar Franco (PPS) afirmou nesta quarta-feira, 26, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva "se diz muito democrata, mas foi menos que os militares, porque está interferindo". "O Senado hoje é totalmente manipulado pelo presidente da República. Isso, no regime militar, não assistimos tão forte como se assiste hoje. No regime militar se podia ter presidentes de comissões, como eu fui", afirmou Itamar. Ele citou especificamente a "interferência no problema" da CPI da Petrobrás. "Nem o regime militar me proibiu de ser presidente (de comissões). E o problema nuclear era, para o presidente Ernesto Geisel (1974-1979), tão interessante quanto sempre foi a Petrobrás. No entanto, o governo, àquela época militar, não nos exigiu a relatoria e eu, como senador da oposição, presidi a política nuclear, como presidi a comissão que examinou as eleições diretas." Durante o governo Geisel foi decretado o fechamento do Congresso, em abril de 1977. "É claro que, naquela época, eles podiam cassar mandatos. O presidente (Lula) ainda não chegou a esse absurdo. Não sei se até 2010 ele vai cassar", afirmou Itamar. O ex-presidente ressalvou que o Legislativo está permitindo que ocorra o que ele chama de interferência. "O presidente na República está atuando violentamente no Legislativo, particularmente no Senado, e o Legislativo, de um modo geral, está permitindo... Aqui
Lula, que não escreve e detesta ler, já tem coluna publicada em 145 jornais
O colunista Lula segue sua carreira de sucesso: sua coluna semanal, O Presidente Responde, que sai nos jornais amigos, continua em expansão, apesar da falta de repercussão absoluta.No começo, em junho, 94 jornais a publicavam. Passou para 115, duas semanas depois. No mês passado, chegou aos 132 jornais - jornais amigos, nunca é demais repetir. Ontem, alcançou 145 jornais.
Para quem dizia que costuma ter azia com a leitura dos jornais é um feito e tanto.
Saúde é pretexto. O presidente Lula quer mesmo é arrecadar mais dinheiro para sustentar a gastança eleitoral.
Será essa a destinação principal da nova CPMF, se o Congresso aprovar a recriação desse tributo, agora batizado como Contribuição Social para a Saúde (CSS) ... É preciso barrar já na Câmara dos Deputados esse novo assalto ao contribuinte. A arrecadação federal cresceu em 2008, apesar da extinção da CPMF, e voltará a crescer com a recuperação da economia. A CSS terá o mesmo fato gerador do imposto do cheque, a mera movimentação de recursos. Isso é uma aberração em termos tributários. Incidirá em cascata - outra aberração. Mas será, acima de tudo, mais um fator de alimentação da gastança. Nada impede o governo e seus aliados de atribuir mais dinheiro à saúde, à educação e aos objetivos considerados mais nobres, quando se elabora o orçamento. É uma questão de competência administrativa, de decência política e de respeito aos cidadãos. AQUI
Os que seguem contemplando calados o avanço dos fora-da-lei são tão velhacos quanto os que absolveram ostensivamente o bando do mensalão. A cumplicidade ativa não é mais grave que a omissão que endossa. O apoio explícito e o silêncio que consente são igualmente vergonhosos.
O apresentador do sarau na sala da residência carioca de Gilberto Gil, então compondo e cantando no cargo de ministro da Cultura, foi o produtor de cinema Luiz Carlos Barreto. “A política é um terreno pantanoso, a ética é de conveniência”, começou. “Se o fim é nobre, os fins justificam os meios”. Ligeira pausa e a ressalva que ilumina o porão: “O que eu acho inaceitável é roubar. Mentir é do jogo político. Não é roubo”.
O convidado de honra sentiu-se em casa. Naquele agosto de 2006, em campanha pela reeleição, Lula era ainda assombrado por reaparições do fantasma do mensalão, que havia mais de um ano vagava pela Praça dos Três Poderes. A fala de Barretão avisou que estava entre amigos. Estava entre comparsas, corrigiu o ator Paulo Betti, encarregado de saudar o presidente em nome dos artistas que se acham intelectuais e dos intelectuais que se acham artistas.
“Não vamos ser hipócritas: política se faz com mãos sujas”, abriu o jogo Paulo Betti. Foi a senha para a estreia do músico Wagner Tiso, sempre o segundo em qualquer parceria, como coadjuvante especializado em comédias de maus costumes. “Não estou preocupado com a ética do PT”, solfejou. “Acho que o PT fez um jogo que tem que fazer para governar o país”. Tradução da partitura: para o compositor que se esvaía em lágrimas com clubes da esquina ou corações de estudantes, a bandalheira institucionalizada é uma forma de arte política.
Capturados por jornalistas, o argumento, o roteiro e as falas de cada participante do espetáculo do cinismo chegaram aos brasileiros decentes. A reação aconselhou o elenco a agir com cautela. Se possível, sem palavras. A mudança de tática, ocorrida há três anos, explica o sumiço dos artistas e intelectuais neste inverno da infâmia. Os que absolveram ostensivamente os mensaleiros agora absolvem por omissão a bandidagem federal.
Onde anda aquela gente que, antes da Era Lula, vivia de caneta na mão para não perder nenhum abaixo-assinado? O Congresso está sob o comando de uma quadrilha monitorada pelo Executivo. Nada têm a dizer atores e músicos que protestavam contra os maus modos do guarda de trânsito. Um juiz subordinado a José Sarney ressuscita a censura à imprensa. Permanecem calados escritores e catedráticos que se manifestavam até contra a impontualidade do entregador de pizza. Há sete meses são ouvidos os estrondos dos escândalos. Há sete meses nenhum deles dá um pio.
No fim de julho, no meio da guerra suja promovida para manter Sarney longe do cadafalso, a turma perdeu uma boa chance de começar o resgate da honra em frangalhos. Para assinar o projeto que institui o vale-cultura, Lula marcou um encontro com a sucursal paulista dos operários da arte. Coerentemente, a delegação carioca presente à reunião no teatro foi liderada por Luiz Carlos Barreto. O apresentador do sarau na casa de Gil é o produtor do longa-metragem Lula, o filho do Brasil. Mas o chefe não ouviu nenhuma cobrança. Até cobrou mais ação da platéia no meio de outro show.
Com Dilma Rousseff ao lado, Lula definiu-se generosamente como “pouco letrado”. Aplausos. Embora não tenha visto sequer uma vírgula desenhada pelo crítico literário Antônio Candido, risonho na platéia, definiu-o como “o melhor intelectual brasileiro”. Aplausos intensos. E avisou que o projeto só será aprovado sem demora se os parlamentares forem devidamente pressionados. Ovação.
“A aprovação depende de vocês irem lá, porque, se a televisão for contra, não aprova”, ensinou o professor de Congresso. “Portanto, depende de fazer um jogo de forças entre os que acham que é preciso inovar e os que acham que já está bom”. Que tal perguntar a Lula se aquele abraço em Palmeiras dos Índios era mesmo necessário? Por que não aproveitar a viagem a Brasília para um ato de protesto contra a decomposição moral do Senado, o assassinato da ética e a revogação do Código Penal? Essas coisas podem esperar, respondeu a mudez coletiva.
Não há diferenças relevantes o sarau no Rio e o encontro em São Paulo. Os que seguem contemplando calados o avanço dos fora-da-lei são tão velhacos quanto os que absolveram ostensivamente o bando do mensalão. A cumplicidade ativa não é mais grave que a omissão que endossa. O apoio explícito e o silêncio que consente são igualmente vergonhosos.
Imagem: escultura de Janete Fernandes, no Sesc da Esquina. A mostra O Silêncio da Imagem interagindo com o evento O Silêncio dos Intelectuais, ciclo de conferências promovido por Adauto Novaes. Apresentou esculturas produzidas pela artista nas décadas de 70 e 80, da série pré-socrática”.
Lina divulga nota em que critica demissões na Receita
RENATO ANDRADE - Agencia Estado
A ex-secretária da Receita Federal Lina Maria Vieira divulgou hoje nota em que classifica as demissões e exonerações de integrantes de sua antiga equipe como "perigoso recuo no processo de fortalecimento das instituições de Estado no Brasil". Na nota, Lina afirma que instituições como a Receita Federal somente poderão exercer seu papel constitucional se contarem com servidores que primem pela ética e estejam "imunes a influências políticas de partidos ou de governos".
Veja a íntegra da nota: "As duas demissões e os doze pedidos de exonerações dos servidores que integraram a minha equipe, durante o período em que estive à frente da Receita Federal do Brasil, representam um perigoso recuo no processo de fortalecimento das Instituições de Estado do Brasil.
As Instituições de Estado - como é caso da Receita Federal - somente poderão exercer o seu papel constitucional se compostas por servidores que primem pela ética no serviço público, imunes a influências políticas de partidos ou de governos. Os governos passam, o Estado fica e, com ele, os servidores públicos.
Esses colegas são pessoas sérias, de competência inquestionável, cujo único pecado foi o compromisso com um projeto de uma Receita Federal independente e focada nos grandes contribuintes. Natal (RN), 25 de agosto de 2009. Lina Vieira"
O líder do PPS na Câmara, Fernando Coruja - SC (foto) , apresentou pedido formal ao ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, general Jorge Armando Félix, para que apresente as cópias de segurança (backup) das imagens registradas no Palácio do Planalto nos últimos seis meses de 2008. O requerimento é mais uma tentativa da oposição de confirmar se houve ou não o encontro que a ex-secretária da Receita Federal Lina Maria Vieira afirma que teve com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.
O requerimento pede também cópia do contrato assinado em 2004 para a implantação do sistema de câmeras de vigilância eletrônica - ao qual o GSI se refere para preservar as gravações pelo período de apenas 30 dias - e todos os outros contratos de segurança relativos ao Palácio do Planalto. O líder do PPS solicita ainda ao ministro Jorge Félix o registro de entradas e saídas de pessoas no Planalto nos últimos seis meses do ano passado. Continua aqui